segunda-feira, 14 de junho de 2010

Edital de Convocação da Convenção Eleitoral Nacional do Partido Comunista do Brasil - PCdoB


O Comitê Central do Partido Comunista do Brasil, nos termos do art. 25 do Estatuto do PC do B, convoca a Convenção Eleitoral Nacional, a realizar-se no dia 16 de junho de 2010, a partir das 17 horas, no Centro de Convenções Brasil 21, localizado à no Setor Hoteleiro Sul, Quadra 6, lote 1, conjunto A, Brasília, Distrito Federal, com a seguinte Ordem do Dia:

I. Deliberar sobre os(as) candidatos(as) a Presidente e Vice-Presidente da República, para a eleição de 03 de outubro de 2010;
II. A participação em coligação nacional para a eleição de Presidente e Vice-Presidente da República na eleição de 03 de outubro de 2010;
III O programa eleitoral.
Art. 2º - A Convenção Eleitoral Nacional deliberará mediante voto aberto, único e intransferível, por maioria simples dos presentes e será constituída:
I. Pelos membros do Comitê Central;
II. Por delegados(as) indicados(as) pelos Comitês Estaduais e do Distrito Federal;
Parágrafo Único - Cada Comitê Estadual e do Distrito Federal poderá indicar até dois delegados em reunião que deverá realizar-se até o dia 09 de junho de 2010, lavrando-se em ata suas decisões.

O presente Edital, aprovado pelo Comitê Central será publicado no sítio do Partido na internet.

São Paulo, 9 de junho de 2010

José Renato Rabelo
Presidente

PCdoB realizarar convenção dia 16 rumo à terceira vitória popular


O PCdoB realiza, no próximo dia 16, sua Convenção Nacional destinada a oficializar tanto o apoio à candidatura de Dilma Rousseff à Presidência da República, quanto a coligação com os partidos que a apoiam. No evento, a legenda também decidirá os eixos centrais do programa de governo a ser proposto à candidata. A sigla comunista divulga abaixo o edital de convocação da convenção.
O partido chegou à proposta de apoio a Dilma por deliberação do Comitê Central (CC), comunicada à militância partidária e ao mundo político em 8 de abril passado, em Brasília. Na ocasião, realizou-se evento de grandes proporções e repercussão, onde milhares de comunistas de todo o país compareceram e receberam o agradecimento de Dilma e de Lula. O discurso de Renato Rabelo, presidente nacional, recuperou o processo político que levou o PCdoB a tal posição, desde os debates do 12º Congresso em novembro de 2009.

O partido reforça que a presença de todos os convencionais, membros do CC e delegados eleitos é fundamental para deliberar o apoio no evento, no qual o PCdoB decidirá ainda os eixos centrais do programa proposto para a candidatura de Dilma, no sentido de garantir a continuidade do rumo aberto por Lula, com aprofundamento das mudanças.

Com a atual convenção, o PCdoB dá mais um passo coerente e compromissado com a luta pelo desenvolvimento, a soberania, a democracia e os direitos dos trabalhadores. Seja no âmbito do movimento social, da participação institucional, no debate de idéias na sociedade, ou no processo eleitoral, pois persegue o mesmo objetivo: um novo projeto nacional de desenvolvimento, cujos lineamentos são indicados no Programa aprovado no 12º Congresso.

A agremiação comunista avalia que, sem dúvida, com Dilma Rousseff é possível uma terceira vitória do povo à presidência da República, que representará passo avançado naquela direção. O PCdoB, desde 1989 ao lado de Lula do PT e do campo democrático e popular, empenha-se, neste momento, em ampliar a coligação de apoio a Dilma, ao mesmo tempo em que se fortalece o núcleo de esquerda, capaz de dar conseqüências ao rumo programático avançado.

Brasil pode reduzir a pobreza à metade (ou mais) até 2014

Se for mantida a tendência de crescimento médio da economia registrada no governo Lula, o Brasil pode cortar à metade o número de pessoas pobres até 2014. O total cairia de 29,9 milhões para cerca de 14,5 milhões, menos de 8% da população, segundo informações de uma reportagem publicada neste domingo (13) pelo jornal “Folha de São Paulo”.

Nos anos Lula, até a crise de 2009, o número de pobres (pessoas com renda familiar per capita mensal até R$ 137,00) caiu 43%, de 50 milhões para 29,9 milhões. Hoje, a velocidade da queda do número de pobres é ainda maior, de cerca de 10% ao ano, segundo cálculos do economista Marcelo Neri, chefe do Centro de Pesquisas Sociais da FGV-Rio.

Economia e política


"Estamos entrando em um processo de redução da desigualdade mais forte do que no período entre 2003 e 2008", afirma Neri. Consideram também viável o país manter um ritmo de crescimento até maior do que a média dos últimos anos. A previsão de crescimento para 2010, por exemplo, já varia entre 6,5% e 7,5%.

A diminuição do número de pobres e a ascensão de 32 milhões de brasileiros às classes ABC entre 2003 e 2008 esteve relacionada, principalmente, à valorização do trabalho verificada ao longo dos últimos anos, traduzida no aumento do emprego formal e da renda auferida pela classe trabalhadora.

O crescimento da economia foi fundamental para este resultado, uma vez que foi acompanhado da geração de milhões de novos postos de trabalho com carteira assinada. Mas, a economia está estreitamente associda à política. Concomitantemente, foi também determinante na redução da pobreza a política do governo Lula de aumento real progressivo do salário mínimo, a legalização das centrais, a conquista de reajustes superiores à inflação nas campanhas salariais dos trabalhadores e o aperfeiçoamento de programas sociais como o Bolsa Família.

Podemos avançar mais


Conforme observam muitos economisas, a taxa média de crescimento do PIB no governo Lula (3,85% ao ano) foi, porém, modesta frente às necessidades e potencialidades da economia nacional. O Brasil já cresceu em ritmo bem mais intenso no passado (7% ao ano entre os anos 1930 a 1980) e nada impede que volte a exibir um desempenho semelhante, a não ser o medo dos conservadores alimentado pelos interesses da oligarquia financeira e refletido principalmente na política monetária. Afinal, a China cresce 10%, a Índia, 8%.

Neste ano, a produção e a renda nacional devem avançar mais de 6%, mas o aumento dos juros nas duas últimas reuniões do Comitê de Política Monetária do BC (Copom) compromete o desempenho futuro da economia e jogo um balde de água fria no impulso de desenvolvimento que a nação anseia. O país pode ousar muito mais em matéria de expansão do PIB e redução da pobreza progredindo na direção de um novo projeto nacional de desenvolvimento, com soberania e valorização do trabalho.

Lula alerta: O bicho vai pegar! Não existe eleição fácil!

O presidente Lula revelou otimismo em relação ao pleito de outubro durante a convenção nacional do Partido dos Trabalhadores que oficializou neste domingo a candidatura de Dilma Rousseff à Presidência da República. Mas, disse que a batalha será dura e alertou a militância dos partidos que compõem a coligação liderada pelo PT para a necessidade de intensificar o trabalho de esclarecimento e convencimento da população. “Não existe eleição fácil, o bicho vai pegar”, exclamou.
“Estamos a três meses e vinte dias da eleição”, lembrou o presidente. “Serão dias de muito trabalho, muita alegria e muita tensão. Não queremos jogo rasteiro, com invenção de um dossiê a cada dia. Preferimos o debate de ideias e projetos”, comentou.

Os adversários, segundo Lula, já mostraram do que são capazes em pleitos passados. “Vocês já viram como foi o nível da campanha em 2006. Nossa tranquilidade e maturidade é que vai garantir que a gente ganhe. Não devemos ficar de sapato alto imaginando que já ganhamos. Eleição e mineração a gente só conhece o resultado no final, depois de apuradas as urnas. Não existe eleição fácil.”

Críticas à mídia

Num alerta sobre as artimanhas das forças adversárias, que têm na mídia hegemônica um forte aliado, o presidente informou que esteve observando um certo canal de TV durante o último sábado (12) e percebeu que o candidato tucano ganhou muito mais tempo e espaço no noticiário do que Dilma Rousseff.

“Quando se trata de campanha a imprensa deveria ser neutra ou no mínimo dizer claramente que tem candidato”, criticou.

O presidente afirmou que o momento “é um momento de glória para nós. Será uma coisa gratificante entregar a faixa presidencial a uma companheira mulher. Eleger Dilma significa dar continuidade para melhorar cada vez mais o nosso país. Estamos a 3 meses e 20 dias da eleição e a seis meses e 18 dias do final do nosso mandato, eu e o Zé de Alencar. Temos o sentimento do dever cumprido.”